1 de maio de 2013

CONFLITOS NA FAMILIA



CONFLITOS NA FAMILIA

TEXTO AUREO = “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham as que edificam; só o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Sl 127: 1)

VERTIA DE PRÁTICA = O lar alicerçado no amor divinal no amor conjugal, no amor paternal no amor filial e no amor fraternal desenvolve se e torna se na inabalável.
TEXTO BIBLICO = 1 Co 7.10-17

INTRODUÇÃO

O lar é iniciado com o casamento e continua com o nascimento e educação dos filhos. Seu desenvolvimento depende de vários fatores e se constitui num processo de caráter continuo. Exige cuidado e habilidade, inicialmente dos pais, e posteriormente de todos os seus componentes.

 Ninguém deve ignorar a doutrina bíblica para os casais, e, sim, reconhecer, acatar e ensinar, conforme faremos nesta lição. A base de um matrimônio feliz e de um lar estável e abençoado depende da disposição dos cônjuges em obedecer aos princípios bíblicos e doutrinários conforme a determinação divina exarada na Palavra de Deus. Muitos casamentos naufragam, os filhos sofrem, porque diversos cônjuges se submetem a costumes e religiões diferentes, o que ocasiona o jugo desigual; por isso, esta doutrina básica deve ser ensinada, divulgada em seminários, congressos, encontros de jovens e de casais, na Escola Dominical, etc

DESENTENDIMENTO ENTRE OS CONJUGES


1. Ajustamento do casal. O desenvolvimento do lar depende essencialmente do ajustamento do casal. Vejamos as bases para tal ajustamento, que são:

a. Amor mútuo. Tendo o mesmo sentimento, o mesmo amor, o mesmo ânimo. Esta é a norma para a mais viva afeição. Isto significa a pessoa amar e ser amada. Deste modo é possível o casal viver unido e guardar a unidade do Espírito, no vínculo da paz (Ef 4.3).

b. Unanimidade de propósito. “Sentindo a mesma coisa” (Fp 2.2). Esta é a expressão da capacidade de concordar, especialmente quanto aos elevados propósitos de Deus sobre o lar e a família, a despeito das diferenças particulares e individuais.

c. Comunhão de espírito. Esta comunhão significa comunhão com Deus, com Cristo e uns com os outros, através do Espírito (1 Jo 1.1-

d. Renúncia do interesse próprio (Fp 2.4). A um cônjuge em relação ao outro dá-se o nome de “consorte”, que significa “companheiros da mesma sorte”.
Quando o homem cuida dos interesses de sua esposa, está a cuidar dos seus ao mesmo tempo. Esta regra é a mesma para a esposa.

2. Atividades em pleno acordo. Muitas vezes os problemas do lar procedem de diferentes atividades do casal. Nenhum lucro material compensa o fracasso dó casamento, especialmente dos servos de Deus. Portanto, as atividades do casal de vem ser planejadas de modo a evitar o enfraquecimento do amor conjugal. Leia Pv 17.1.

3. Solidariedade na solução dos problemas. Guerras, brigas e mortes podem proceder de motivos banais. Tiago, por exemplo, nos adverte do perigo de não se saber dominar a língua, e diz que ela é tal como uma fagulha, que incendeia um grande bosque (Tg 3.5). Contra esse mal, a Palavra de Deus indica o remédio preventivo (Fp 2.3). Com este “equipamento” divino, marido e mulher podem apagar rapidamente qualquer “incêndio” que tente surgir.

4. Participação comum na educação dos filhos: A educação dos filhos é um passo importante no desenvolvimento do lar. Dizem que a primeira providência do homem neste sentido ocorre na escolha da futura mãe de seus filhos. Isto é certo. Entretanto, a responsabilidade da educação dos filhos cabe a ambos, pai e mãe, e é um dever mui digno, ao qual não devem fugir os pais cristãos.

A RESPONSABILIDADE DOS CONSTRUTORES DO LAR

Pais, parentes e amigos podem ajudar com boas orientações aos que pretendem iniciar o seu lar, mas a responsabilidade maior é dos pretendentes; para tanto, temos conselhos divinos no SI 37:4,5. Consideremos ainda o seguinte:

1. A escolha do companheiro. Considerando o assunto, observemos os pontos básicos para tão importante escolha cujo sucesso está ligado ao bom desempenho do candidato, da família e da religião. Estes detalhes podem ajudar na escolha acertada do companheiro ideal para a fundação do lar cristão. Vejamos: a) a direção de Deus, que deve ser buscada pela oração com sinceridade, com firmeza de propósitos e com fé; b) a família da pessoa pretendida deve possuir estrutura cristã de modo a servir de modelo para o novo-lar a ser construído; e) a religião, ou a vida espiritual da família do candidato é fator essencial, pois poderá exercer uma profunda in- fluência, positiva ou negativa, na formação do futuro lar. A experiência com Deus é vital para uma vida vitoriosa. As virtudes morais e espirituais da pessoa pretendida devem ser observadas antes do casamento, Tudo isto servirá como alicerce para a formação do novo lar.

Estas coisas têm mais importância, para a estabilidade do lar, do que a beleza física e o semblante risonho (Pv 81.30). Dos exemplos estudados, aprende- mos que a melhor escolha é feita quando Deus está à frente do empreendimento.

2. Qualidades virtuosas de Isaque. Em linhas anteriores, estudamos as qualidades de Rebeca. Analisemos, agora, as virtudes de Isaque, e teremos o modelo de um casal de jovens que se capacitaram para a construção de um lar feliz: a) Isaque encontrou a Rebeca na hora que tinha ido ao campo para meditar e orar.
Estes são os exercícios pelos quais podemos conversar com Deus e com o nosso próprio coração; b) alguns pensam que ‘saque estava orando por sucesso, quando Deus lhe preparou Rebeca, indicando que o sucesso de um homem por toda a vida depende muito da esposa; c) Isaque era um filho obediente a ponto de aceitar a liderança do pai, para o inicio do seu lar; d) era um Ei- lho afetuoso. Após três anos ainda não havia se consolado com a morte da mãe; e) tornou-se afetuoso para com sua esposa. ‘Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe Sara.., e amou-a” (v,67). A escolha acertada para o casamento é uma expressão de sabedoria.

3. Comunhão e comunicação de idéias. Quase sempre, nas desa- venças de casais, invoca-se a incompatibilidade de gênios. Esta deve ser detectada antes do casamento. Depois, o que deve assinalar a convivência do casal é a comunicação e a comunhão de idéias. “Andarão dois juntos se não estiverem de acordo?” (Am 3,3).

4. Ajustes necessários. Normalmente, as circunstâncias da vida em comum não fazem dos cônjuges amantes eternos, sempre agradáveis, um casal feliz, cada um continuará sendo uma personalidade distinta, e as divergências podem aparecer logo cedo, trazendo surpresas e perplexidades. Todavia é necessário que haja ajustamento entre ambos,

5. Fatores de ajustamento. Visto o que afirmamos acima, relacionamos aqui alguns fatores que poderão conduzir os cônjuges ao necessário ajustamento: a) honestidade — que induz a pessoa reconhecer o seu erro e admitir a razão do companheiro; b) paciência — que significa fortaleza para resistir á ofensa, sem ofender (Rm 12.21); c) sabedoria que não se irrita, mas indica o caminho para a solução do problema (Tg 3.13-18); d) desprendimento — que não busca apenas ser ajudado, mas procura ajudar, sem interesse próprio (Fp 2.3,4)

Se mediante o casamento, marido e mulher se tornam “dois numa só carne”, e sendo ambos membros do corpo de Cristo, mais fácil se torna aceitar a recomendação divina: -.que digais todos uma mesma coisa.., antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer” (1 Co 1.10).

6. O compromisso maior. Não é raro, um novo casal, encontrar sé- rios problemas por causa do relacionamento com os pais. O casal deve continuar amando e respeitando seus pais, mas convém saber que o relacionamento com os pais não deve ser mais o de infantes ou de- pendentes. O compromisso maior é de um cônjuge para com o outro.

Agora eles estão estabelecendo o seu próprio lar. Toda a atenção e toda a capacidade de convivência devem mais importante, que é o de marido ser empregadas no relacionamento e mulher (Mc 10.7).

O LAR DEVE SER UM FATOR DE EQUILIBRIO PARA O CASAL

1- Como manter um lar cristão: Devemos nos esforçar para que Cristo seja o Chefe do nosso lar (Cl 1.18). Desta forma, teremos condições de conservar um lar solidificado, pois o preeminente é o Senhor Jesus, e depois o homem que Deus colocou como cabeça da mulher (1 Co 11.3; Ef 5.23). É uma maravilha o casamento realizado na vontade de Deus (Mt 19.5,6). Se Cristo estiver à frente de nossas vidas, em nossos corações, as dificuldades que surgem no dia-a-dia serão superadas e os desentendimentos facilmente resolvidos. Se os cônjuges forem crentes, será mais fácil conservar a estabilidade do lar. É dever do casal evitar escândalos, tanto no lar, como na igreja do Senhor (Lc 17.1,2). Um lar desfeito gera a infelicidade para toda a família, a igreja e a sociedade; além disso, é uma transgressão aos princípios que Deus estabeleceu, quando instituiu o casamento (Gn 2.18-24).

2- Santificação, condição para um lar feliz (1 Co 7.3,4): Muitas desigualdades nos lares são causadas pela falta de santificação, de observação nos modos e costumes, na vida a dois, na maneira de servir um ao outro mutuamente (Ef 5.22-31). A falta de santificação, muitas vezes, é ocasionada pela insuficiência de ensino bíblico. Um lar cristão, que não exercita a santificação, está fadado ao fracasso (1 Sm 2.22-25). O casal Eli descuidou-se de orientar seus filhos e de manter a boa ordem, e o resultado foi funesto (1 Sm 4.11,18-22).

3- A doutrina Bíblica no lar cristão: O lar em que o nome de Deus é honrado e a doutrina de Jesus é ensinada e obedecida pelo casal, alcança vitória (Sl 101.2,3; Pv 22.6; 2 Tm 1.5). Registro aqui um conselho amigo aos nossos jovens: Orem antes de se casar e meditem em Jo 14.13. A união conjugal deve existir em todo tempo. O direito de amar é recíproco (Ef 5.33; Cl 3.19; 1 Pe 3.6,7). Não pensemos que o lar se fortifica com grosseria, mas com amor e tolerância, quando marido e mulher se amam mutuamente e se respeitam.

O LAR CRISTÃO É EDIFICADO, QUANDO AS DÍVIDAS ENTRE MARIDO E MULHER SÃO PAGAS

1- Pagando suas dívidas (1 Co 7.3): O esposo faz sua esposa mais feliz, quando paga sua dívida, e cumpre seu dever de marido, tanto relativo à vida conjugal, como moral, social e religiosa. E lembra-se que ela não é sua escrava e tampouco existe para satisfazer seus desejos. O sucesso do casal está em obedecer a certos preceitos. Não somente pagar a dívida, mas manter um crédito de confiança entre os dois, no seu labor diário. O dever da esposa não é somente o de fazer saborosas refeições, cuidar da casa, e ser mãe carinhosa. O marido também precisa de seu carinho, de seus beijos e abraços, e de um bem-vindo afetuoso, ao retornar para casa no término de cada jornada de trabalho.

2- Dívida resgatada, lar edificado: Analise em que aspecto você deve à sua esposa e vice-versa. Não se esqueça que a intimidade entre marido e mulher é pura, criada por Deus, tanto para a procriação, como para a solidificação do lar (Hb 13.4). Pedro recomenda o coabitar entre o marido e a mulher com entendimento (1 Pe 3.7). Por outro lado, as uniões furtivas e ilegais são passíveis de juízo, conforme está escrito em Ap 21.8. Infelizmente, existem muitos cônjuges que vivem inadimplentes uns para com os outros em relação aos seus deveres conjugais, sociais e até religiosos. Citamos como exemplo a  devoção no lar, através do culto doméstico e da leitura da Palavra de Deus ( Cl 3.16). O louvor e a adoração em família, não somente fortificam o lar, mas edificam os filhos. Muitas vezes encontramos na igreja alguns pais crentes que exigem muito dos filhos, mas não lhes concedem um bom exemplo. Medite no que está escrito em Dt 6.6,7. Isto não quer dizer que o pai deva castigar seus filhos, impondo um modus vivendi contra a consciência deles. Mas, dentro do espírito de moderação, levá-los a louvar a Deus (Sl 78.4).

SEPARAÇÃO DOS CASAIS É UM DESEQUILIBRIO PARA OS FILHOS

1- Fidelidade conjugal: Mando não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido (1 Co 7.10). A fidelidade conjugal é um fator para a estabilidade do lar. A intromissão de alguém, para formar com o casal o triângulo amoroso, é corpo estranho (1 Co 7.10,11).

2- Casamento cristão, símbolo de santificação (1 Co 7.14): Que bênção, quando o marido cristão santifica a mulher, e vice-versa, e ambos santificam os filhos (1 Co 7.14). Para essa santificação, existem, da parte de Deus, três coisas importantes: a oração dos pais, a Palavra de Deus e o bom exemplo (Jô 1.5; Sl 119.11; 1 Tm 4.12). Felizes são os filhos que recebem de seus pais esses subsídios. Quando isso acontece, o lar se torna um pedaço do céu.

3- Santificação pela oração e pela  palavra (1 Co 7.14): Esta santificação não significa que o marido ou a mulher descrente não precise aceitar a Jesus como Salvador, para ser salvo (2 Co  5.17). O que Paulo quer dizer é que a convivência de um cônjuge crente com u descrente santifica o casamento, promove, disciplina, moraliza de tal maneira a vida dos dois que este é constrangido a viver uma vida modelar, exemplar, por causa daquele. É claro que jamais o cônjuge crente salvará o descrente, senão Jesus (1 Co 7.16).

MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS

Causas dos Problemas na Educação de Filhos. Filhos e pais nem sempre concordam quanto ao que representa um problema. Um pai, por exemplo, pode considerar a desobediência um problema, mas o filho absolutamente não tem a mesma idéia. Assim sendo, quando os problemas são reconhecidos, as causas podem ser tão variadas quanto as inúmeras teorias sobre o desenvolvimento da criança. Apesar disto, diversos temas são repetidamente encontrados na literatura.

1. Instabilidade no Lar. Quando os pais não estão se dando bem, os filhos sentem-se ansiosos, culpados e irados. Ficam ansiosos devido à instabilidade do lar, por ver a sua segurança ameaçada, culpados por temerem ter causado o conflito, e zangados porque muitas vezes sentem-se deixados de fora, esquecidos e algumas vezes manipulados para tomarem partido — o que não querem fazer. Eles também ficam ocasionalmente com medo de serem abandonados. Os lares instáveis, portanto, com freqüência (mas não sempre) produzem filhos instáveis.

2. Falhas dos Pais. Em anos recentes, o problema do abuso físico de crianças tem atraído considerável atenção nos meios de comunicação de massa. Isto será discutido melhor no capítulo 31. Mas, que dizer dos pais que nunca maltratam seus filhos fisicamente, mas abusam dele psicologicamente? Quando os filhos são rejeitados sutil ou abertamente, excessivamente criticados, punidos sem correspondência com a realidade (ou nunca castigados), disciplinados inconsistentemente, e recebem amor espasmodicamente (caso o recebam), então eles no geral apresentam problemas pessoais ou comportamento negativo que, por sua vez, aborrecem os pais.

Os livros sobre o desenvolvimento infantil discutem muito os efeitos prejudiciais da super proteção, excesso de permissividade, excesso de restrições e excesso de meticulosidade por parte dos pais — elementos que podem provocar ansiedade e criar insegurança nos filhos.

3. Necessidades Não Satisfeitas. Os psicólogos nem sempre concordam quanto ao que devem ser incluído em qualquer lista de necessidades humanas básicas, mas algumas delas repetem-se continuamente.
Num livro recente, John Drescher identifica “sete das necessidades mais básicas da criança em crescimento (e de todos nós através da vida)” necessidade de significado, segurança, aceitação, amor, louvor, disciplina e a necessidade de Deus. Quando as mesmas não são satisfeitas, o amadurecimento é prejudicado e freqüentemente surgem problemas.

4. Negligência da Parte Espiritual. Embora a Bíblia não fale muito sobre crianças, ela enfatiza a importância de ensiná-las a respeito de Deus. O Salmo 78.1-8, por exemplo, salienta que as crianças devem receber instrução espiritual para que coloquem sua fé em Deus, lembrem-se da sua fidelidade e não se tomem insubmissas, obstinadas ou rebeldes. Talvez não haja qualquer pesquisa espiritual bem intencionada comparando o comportamento adulto de crianças que tiveram treinamento religioso com o das que não tiveram, mas as Escrituras ensinam claramente que a educação bíblica é benéfica para as crianças; sua ausência é certamente prejudicial.

5. Outras Influências. As doenças e defeitos físicos, a doença grave ou morte de pessoas queridas (inclusive um dos pais), experiências traumáticas prematuras (tais como acidentes, um incêndio grave no lar, um quase-afogamento, etc.), rejeição dos companheiros, e a experiência de ‘um fracasso, podem criar problemas mais tarde na vida. Como resultado desses acontecimentos, as crianças podem desenvolver auto conceitos pouco sadios, preocupações com perigos e temores de fracassar, ferir-se ou ser criticadas.

Os diversos parágrafos anteriores podem parecer desanimadores para os conselheiros e pais que poderiam se perguntar se jamais será possível criar um filho com êxito e sem a presença de problemas. Dois fatos precisam ser lembrados ao considerar esta questão. Primeiro, é preciso notar que a maioria das crianças cresce normalmente apesar dos erros e fracassos dos pais. Mesmo quando o lar tem “pais psicóticos, abusivos, ou terrivelmente pobres”, algumas crianças (muitas vezes chamadas de “invulneráveis” ou super crianças”) reagem desenvolvendo extraordinária competência.’  Os lares pobres nem sempre produzem crianças-problema.

Segundo, existem ocasiões em que os problemas surgem independentemente dos atos dos pais.
Muitos pais vivem sob o peso da idéia de que todos os problemas manifestados pelo filho resultam de algum erro por parte deles ou são vistos como tal pela criança. Tal tipo de pessoa deve ter dificuldade em compreender... que a vida mental autônoma do filho pode ocasionalmente manifestar problemas que nada têm a ver com os pais. A criança talvez até se envolva numa atividade aparentemente hostil aos pais, como um meio conveniente de resolver um problema que basicamente tem pouco ou nada a ver com os pais e no é acompanhado de uma verdadeira hostilidade contra eles. E importante ajudar os pais a compreenderem em tais ocasiões que no existe “nada de pessoal” na atitude ou comportamento da criança. Isto pode aliviar os pais, fazendo com que se mostre mais objetivo e útil à criança.

Mesmo que os pais fossem perfeitos haveria ainda possibilidade de rebelião e problemas porque as crianças têm mente e vontade próprias. Ninguém poderia ser mais perfeito do que Deus, entretanto, a profecia de Isaías tem início com estas palavras: “O Senhor é quem fala: Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. As falhas dos pais chegam muitas vezes a provocar problemas nos filhos, mas isto nem sempre acontece. Esta compreensão pode ser uma fonte de encorajamento e um desafio para os pais de crianças-problema.

EVITANDO OS PROBLEMAS NA EDUCAÇÃO DE FILHOS

Não existe em qualquer dada sociedade uma instituição que possa comparar-se à igreja no seu potencial de influência sobre a infância e o desenvolvimento familiar. Famílias inteiras vão à igreja.
Eles levam seus filhos pequenos para serem consagrados ou batizados e no geral voltam para os cultos da igreja e para as aulas da escola dominical. A igreja, portanto, pode influenciar a educação dos filhos de diversas maneiras.

1. Treinamento Espiritual. Discutimos antes neste capítulo os ensinamentos bíblicos sobre o lar e a criação de filhos. Através de sermões, aulas na escola dominical, seminários e retiros, a igreja pode ensinar os pais a terem um lar cristão. Os pais podem ser ajudados a serem crentes exemplares. Eles podem ensinar os filhos conforme os princípios delineados em Deuteronômio 6, fazendo dos assuntos espirituais uma parte normal das conversas em família. O lar é a espinha dorsal da sociedade e os lares cristãos estáveis são construídos conforme a orientação contida na Bíblia, no geral transmitida pela igreja.

2. Enriquecimento Conjugal. Quando os casamentos são bons e progressivos, isto influencia positivamente os filhos produzindo estabilidade e segurança no lar. Os problemas com os filhos podem prejudicar o casamento dos pais, provocando tensão. Se os pais conseguirem discutir os problemas do filho juntos sem ter de enfrentar com isso dificuldades conjugais, tudo ficará mais fácil. Estimular bons casamentos é, portanto, um meio de evitar problemas na educação dos filhos.

3. Treinamento dos Pais. O fato de tomar-se pai pode ser uma enorme responsabilidade. Quase todos os pais sentem, em certo ponto da vida, que falharam em sua missão e a maioria passa por período de desânimo e confusão. Nessas ocasiões os pais precisam de compreensão, encorajamento e orientação sobre as necessidades e características das crianças. Os líderes cristãos têm condições de dar essa ajuda. Mostre aos pais onde obter informação positiva sobre a educação de filhos. Alerte-os para a necessidade que a criança tem de amor, disciplina, segurança, auto-estima, aceitação e percepção da presença de Deus.

Aponte os perigos da super proteção, excesso de permissividade, restrição e meticulosidade. A seguir, como parte do treinamento dos pais, pode ser útil considerar os princípios da comunicação eficaz entre pais e filhos, ensinar meios de disciplinar, falar sobre controle do comportamento e discutir como satisfazer as necessidades das crianças. Tudo isto pode ser discutido em locais na igreja onde os pais possam trocar idéias juntos.

Tenha cuidado em enfatizar que embora a educação de filhos seja uma grave responsabilidade, todos cometem erros e os pais que são demasiado rígidos ou preocupados, criarão certamente problemas devido à sua ansiedade e inflexibilidade. Criar filhos pode ser difícil e desafiador, mas pode ser também uma fonte de alegria — especialmente quando os pais podem discutir suas preocupações mútuas informalmente com outros pais, inclusive conselheiros cristãos.

4. Encorajamento. Conta-se a história de um pregador que, quando convidado a falar numa reunião de pré-adolescentes, perguntou à filha qual deveria ser o tema de sua palestra. “Diga-lhes, papai,” respondeu ela, “que devem ser pacientes porque seus pais estão ainda aprendendo como educar os filhos”
Esta mensagem, apesar de simples, talvez devesse ser ensinada tanto a pais como a filhos. E bíblico encorajar-se mutuamente, e há ocasiões em que é necessário encorajar, orar e apoiar verbalmente os membros da família.

Um relatório recente descreve a instalação da “Casa dos Pais”, um centro dirigido por pais onde outros pais  podem comparecer para uma visita ou telefonar pedindo ajuda para seus problemas relativos à educação de filhos. A idéia é nova e patrocinada pela comunidade, mas trata-se de um conceito que poderia ser usado por grupos na igreja, a fim de ajudar outros pais tanto no corpo de crentes como fora.

CONCLUSÃO

Em tempos de crise precisamos de firmeza. Ninguém construirá uma historia de permanência a não ser que seus alicerces estejam bem estabelecidos. Precisamos de um Salvador em que possamos confiar, afirmarmos ao nosso coração: “Senhor,comigo não há dor que não possa ser aliviada, tempestade que não passe, perda que não se recupera, choro que não possa ser acalentado. Eu solitariamente fraquejo, mas juntos somos invencíveis”.



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Lições Bíblicas (Jovens e Adultos) 1993
Lições Bíblicas (Jovens e Adultos) 1987
Lições Bíblicas (Jovens e Adultos) 2004
Livro:- Aconselhamento Cristão – Gary R. Collins